Editorial. O etnocídio do outro é também nossa própria morte.
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Resumo
Este editorial levanta o problema do etnocídio do Outro como o modus
operações equivalentes a assassinato-suicídio contra a própria humanidade. Para este editorial ele levanta o problema do etnocídio do Outro como o modus operandi equivalente ao assassinato-suicídio contra a própria humanidade. Para tanto, problematiza os assassinatos na Costa Rica de Yeri Rivera Rivera, líder indígena Bröran de Térraba, em 24 de fevereiro de 2020, e Sergio Rojas Ortiz, líder indígena Bribri, cometidos em 18 de março de 2019, no processo de recuperação de seus territórios de usurpadores não-indígenas e seus aliados. Metodologicamente, foi realizada uma abordagem etnográfica com entrevistas abertas para alcançar uma abordagem dialógica com seus camaradas em luta. A análise nos permite concluir que ambos os assassinatos têm uma raiz profunda de racismo na Costa Rica e em outros países do Sul Global; visam o desaparecimento forçado de líderes indígenas e ativistas sociais; fazem parte do colonialismo interno; cometem o etnocídio do Outro, que também é nossa própria morte e, como tantos outros assassinatos, permanecem impunes. Como parte de nosso compromisso da universidade pública, Trama, a Revista de Ciências Sociais e Humanas, diante destes fatos, posiciona-se como um espaço para a comunicação do conhecimento que liberta do racismo, xenofobia, patriarcalismo, capitalismo e colonialismo.
Palavras-chave: colonialidade; emancipação; humanismo; luta social.
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